Na França, no ano de 1386, uma porca foi condenada por crime de infanticídio na cidade de Falaise. Foi levada a julgamento, vestida devidamente como uma senhora, perante o juiz e um conselheiro. O tribunal então decretou que lhe dessem umas valentes pauladas na cabeça e muito muito açoite por sua infâmia, antes de ser executada publicamente. O maitre des hautes oeuvres ou carrasco se preferir, foi presenteado com um par de luvas novas, dada a solenidade da ocasião. Este relato e muitos outros é encontrado no livro do londrino E P. Evans "The criminal prosecution and capital punishment of animals", editora Faber and Faber (Original de 1906, edição de 1986).
É mas este tipo de barbaridade era muito comum naquela época. Não só a porquinha do relato acima mas muitos outros animais, domésticos ou não, foram condenados entre os séculos IX e XIX. Há registros de crimes de homicídio imputados a abelhas, touros, cabras e serpentes; condenação por fraude a ratos do campo, comparados aos clérigos heréticos; porcos punidos por infanticídio e raposas por roubo.Nem mesmo insetos escapavam à lei, moscas e gafanhotos eram condenadas por espalha a praga e gafanhotos, escaravelhos, lagartas todos estavam sob a alçada das leis de talião.
Em contrapartida, em 1649, um sodomita de nome Vijon, foi queimado em praça pública por ter atentado contra a honra de um passarinho. Se hoje a moda pega iria ter condenação para cada frango que espirrasse ou vaca que tivesse mal do juízo e com febre (rsrsrs)!!! Essa eu vi lá no Cocanha!
Mais informações em francês aqui:
Procès intentés aux animaux
www.tribunal-animal.com