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sábado, 7 de julho de 2007

Está desalentado.... vai ler alguma coisa! (como esse post abaixo)

O Texto Incompreendido

Era uma vez um texto grande que criava palavras lindas, doces... e morava num apartamento branco chamado livro; era muito preconceituoso, fechado e não queria que as suas palavras fizessem amizade com as pontuações, porque eram insetos pequenos e esquisitos que sentiam atrações pelas palavras.

Já queria que o seu apartamento fosse o mais visitado de todos, pois os visitantes (a maioria), muitas vezes, deixavam presentes; mas ele era desprezado e incompreendido pelos visitantes: turistas: olhos, que davam uma espiada e iam embora sem ao menos colocar as “mãos” no apartamento dele, mas viviam visitando constantemente os outros apartamentos. Os vizinhos: os outros textos, eram bem visitados, compreendidos e viam os olhos encantados.

O texto incompreendido ouvia e sentia o barulho das mãos nos apartamentos dos vizinhos, não entendendo o porquê de receberem tantas visitas e haver sempre encantamento nos outros apartamentos.

Por se sentir muito desprezado, acabou arrasado e doente, ficando de cama. Então as palavras dele ficaram sem cuidados, carinho e atenção. E as pontuações, que viviam sendo expulsas, aproveitaram o momento de doença do texto, entraram no apartamento uma por uma e fizeram amizade com as palavras, as quais se apegaram a elas rapidamente.

Já no dia seguinte, o apartamento estava cheio de pontuações, que ficavam sempre ao lado das palavras. Algumas palavras pareciam ter nascidas para viver com algumas pontuações assim como algumas pontuações pareciam ter nascidas para viver com algumas palavras.

A amizade fez com que o apartamento do texto incompreendido ficasse sendo visitado. Os olhos que, antes, nem entravam, passaram a entrar e contemplar cada parte do apartamento por muito tempo e achar o texto um compreensível; eram sensíveis e adoravam ver por todo canto a amizade e compreensão entre as palavras e as pontuações, as quais viviam de dedos dados.

Como o apartamento passou a ficar cheio de turistas, sumiu de imediato a doença do texto, o qual mudou para melhor e passou a ser compreendido e admirado. E, ele, notando que a amizade que fascinava das palavras com as pontuações era o segredo de tantas visitas, não mais implicou com as pontuações, deixando as mesmas viverem no apartamento como fossem crias suas.

Escrito por Ruilendis.

Legal este texto né... então desalentado aproveite estas férias para ler um livro. Seja um romance, uma antologia, biografia ou mesmo auto-ajuda. Leia, devore letra por letra, página a página por que ler faz bem e não custa nada caro!

E se sua desculpa é que não tem livro algum para ler aí vão alguns sites com centenas de livros para baixar:

Jororoba
E-book Cult
VirtualBooks
Cultivox
Domínio Público
Fundação Biblioteca Nacional
Sabotagem

Só aqui já somam mais de 300.000 títulos então não perca tempo vá ler alguma coisa!

terça-feira, 3 de julho de 2007

Os Ratos e Porcos do Tribunal


Na França, no ano de 1386, uma porca foi condenada por crime de infanticídio na cidade de Falaise. Foi levada a julgamento, vestida devidamente como uma senhora, perante o juiz e um conselheiro. O tribunal então decretou que lhe dessem umas valentes pauladas na cabeça e muito muito açoite por sua infâmia, antes de ser executada publicamente. O maitre des hautes oeuvres ou carrasco se preferir, foi presenteado com um par de luvas novas, dada a solenidade da ocasião. Este relato e muitos outros é encontrado no livro do londrino E P. Evans "The criminal prosecution and capital punishment of animals", editora Faber and Faber (Original de 1906, edição de 1986).




É mas este tipo de barbaridade era muito comum naquela época. Não só a porquinha do relato acima mas muitos outros animais, domésticos ou não, foram condenados entre os séculos IX e XIX. Há registros de crimes de homicídio imputados a abelhas, touros, cabras e serpentes; condenação por fraude a ratos do campo, comparados aos clérigos heréticos; porcos punidos por infanticídio e raposas por roubo.Nem mesmo insetos escapavam à lei, moscas e gafanhotos eram condenadas por espalha a praga e gafanhotos, escaravelhos, lagartas todos estavam sob a alçada das leis de talião.



Em contrapartida, em 1649, um sodomita de nome Vijon, foi queimado em praça pública por ter atentado contra a honra de um passarinho. Se hoje a moda pega iria ter condenação para cada frango que espirrasse ou vaca que tivesse mal do juízo e com febre (rsrsrs)!!! Essa eu vi lá no Cocanha!

Mais informações em francês aqui:

Procès intentés aux animaux

www.tribunal-animal.com